O deputado estadual Pedro Arlei Caravina usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (18), para destacar o déficit no efetivo da Polícia Civil e cobrar medidas urgentes para reforçar a segurança pública no estado. Segundo dados apresentados pelo parlamentar, há uma defasagem de quase 40% no número de investigadores e escrivães, comprometendo a capacidade de investigação de crimes.
Caravina propôs o retorno temporário de policiais civis inativos ao serviço ativo como solução emergencial para minimizar o problema. “Temos um concurso autorizado, mas a demanda por serviços policiais tem aumentado. A volta de aposentados, como ocorre na Polícia Militar, poderia ser uma resposta imediata”, afirmou.
Atualmente, Mato Grosso do Sul precisa de 1.980 investigadores, mas conta com apenas 1.212 em atividade. Entre os escrivães, há um déficit de 200 vagas, com apenas 460 profissionais em um total de 660. O crescimento populacional do estado, que aumentou 32% entre 2000 e 2022, agrava ainda mais a situação.
O parlamentar também ressaltou que a modernização das leis tem aumentado a carga de trabalho da polícia, especialmente diante do crescimento de crimes cibernéticos. Apesar da criação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), em dezembro de 2024, a falta de policiais treinados prejudica sua atuação.